Segunda 02/09
Saímos de São Luís por volta das 8h e seguimos rumo a Santo Amaro. Encontramos um estacionamento onde fomos muito bem recebidos pelo proprietário. Aproveitamos para explorar a cidade, que está passando por reformas para melhor atender os turistas, especialmente aqueles com necessidades especiais. À noite, saímos para comer pizza com nossos amigos. Depois, retornamos ao local de apoio e descansamos para o dia seguinte.
Terça 03/09
Acordamos em Santo Amaro depois de uma noite fresquinha, colocamos o carro no modo viagem e fomos tomar café na pracinha da cidade. Comemos misto quente na massa fina com um copo de suco de cupuaçu (detalhe, o copo parecia uma jarra de 2 litros!), e em seguida voltamos para onde estava o carro, porém nos perdemos no trajeto porque o John quis desbravar novos caminhos, e deu ruim. Encontrando o carro, trocamos de roupa e fomos para a maior aventura da nossa jornada até agora. A Marajó Turismo nos proporcionou a ida até às Dunas dos Lençóis Maranhenses.
Ao chegar nos Lençóis Maranhenses, Sthéfanie chorou de felicidade pois sempre quis conhecer mas devido a dificuldade de chegar até o local, achava que seria impossível realizar esse sonho. Depois de uma manhã maravilhosa nas Dunas, voltamos e nos despedimos do local, fomos atrás de uma lembrancinha da cidade que a Sthéfanie quis.
Quarta 04/09
Acordamos às 5h59 com o sol iluminando todo o carro, pois havíamos nos esquecido de colocar nossos acessórios da Arpine blackout. Logo mais, os amigos foram acordando e preparando o café, onde também tomamos café com os amigos Fe e Léo (um delicioso sanduíche de queijo e presunto). Sthéfanie aproveitou a linda manhã para se aventurar fazendo a travessia na lagoa de caiaque. John ficou no carro/casa, conversando e fazendo novos amigos, incluindo um rapaz que já percorreu todo o Nordeste e está indo para a Nicarágua de bicicleta. Um rapaz de apenas 20 e poucos anos, que já vivenciou tanto a bondade quanto a crueldade de que o ser humano é capaz, mas, mesmo assim, está firme no seu propósito de chegar à Nicarágua.
Após o passeio de caiaque, Sthéfanie e John foram almoçar com Fe e Léo (e sim, é verdade, estamos abusando dos nossos vizinhos). Em seguida, recebemos a triste notícia do falecimento de um queridíssimo amigo, pai de Paulinha Gaia, o que nos fez refletir sobre a vida. À noite, fizemos um miojo, arrumamos o carro para o modo dormir, e os morcegos continuaram assombrando Sthéfanie.
Quinta 05/09
Acordamos por volta de 6h30, desta vez protegidos pela Arpine blackout. Embora a Arpine nos proteja da luminosidade e das altas temperaturas, não nos livra do barulho. Levantamos, tomamos banho ao ar livre e começamos a nos despedir dos novos amigos, pois Fe e Léo iriam seguir viagem conosco. Também acertamos com o dono do camping o valor de R$ 65,00, referente às diárias e ao consumo de bebidas no local (águas, refrigerantes, água de coco). Pasmem! Nada de bebida alcoólica kkkkk.
Despedidas feitas e contas pagas, pegamos a estrada. Como de costume, as rodovias no Maranhão são péssimas. Uma viagem de aproximadamente 60 km durou pouco mais de uma hora e meia. Ao chegarmos em Tutóia, a equipe Rodinhas pelo Mundo nos presenteou com uma estadia na Pousada Baluarte, onde passaremos o fim de semana aproveitando tudo que a cidade tem a oferecer com segurança, conforto e a assistência de guias e pessoas credenciadas.
Em Tutóia, passeamos com a Mariposa (SW4) na praia – uma experiência bem legal até que o John resolveu mostrar seus dotes de piloto de drift. Que susto! O carro fez um cavalo de pau inesperado para mim, enquanto o John gargalhava orgulhoso do feito e eu ficava tonta de emoção. Logo em seguida, fomos almoçar um delicioso peixe anchova.
Voltamos para a Pousada Baluarte e batemos um papo com nosso anfitrião, Patrick, onde tivemos uma aula sobre o delta das Américas, ou apenas delta do Parnaíba, que ocorre 80% em terras maranhenses e 20% em terras piauienses, na cidade que leva o nome do Rio Parnaíba. Estamos programando um belíssimo passeio para amanhã. Aguardem!
Sexta 06/09
Depois de uma confortável noite de sono, levantamos cedo, como bons pobres, para tomar café da manhã na pousada. Fomos recebidos por uma mesa farta com pães, frios, café e cuscuz (uma delícia!). Durante o café, batemos um papo com nosso anfitrião, tiramos fotos e conversamos bastante. De barriga cheia e banho tomado, fomos em busca de uma gráfica para imprimir alguns adesivos. Encontramos uma na saída da cidade, mas o preço não ajudou, então, não foi dessa vez!
Aproveitando que já estávamos na rua, decidimos passear pela cidade e comprar protetor solar. Fizemos o pedido pelo sistema da Pague Menos e pedimos para retirar no local. Ficamos cerca de 40 minutos dentro do carro, graças a Deus com ar-condicionado, porque eles não enviaram a observação ao balconista de que éramos cadeirantes e não tínhamos levado as cadeiras de rodas. Tivemos que pedir a um morador que passava para avisar os atendentes. Fomos prontamente atendidos por uma moça, que se desculpou e nos ofereceu água e toda a assistência.
Com o protetor comprado, voltamos para a pousada, pois tínhamos um compromisso inadiável: o passeio nas Dunas de Tutóia. Saímos no horário previsto, por volta das 14h. O passeio e o guia, que a Pousada Baluarte nos proporcionou, foram disponibilizados pela Atratur. Foi um passeio deslumbrante e cheio de emoção, em um local que antes era considerado impossível para um cadeirante. Graças aos amigos já mencionados, conseguimos realizá-lo.
Continuando o passeio… Aprendemos muito sobre a cultura local, a história das vilas de pescadores e conhecemos a Praia do Amor, onde os moradores apaixonados se encontram para aumentar a população local – um lugar muito bonito! Seguindo a aventura, paramos para tomar uma água de coco em uma das poucas lagoas ainda com água, já que não estamos na época das cheias. Tudo isso a bordo da Mariposa, e acreditem!!! John se saiu muito bem nas condições das dunas. Agora ele se acha um verdadeiro piloto de rally – se tudo der errado, ele já tem uma profissão kkkk.
Durante o passeio, conhecemos uma família de São Luís: um belíssimo e forte pai, uma mamãe bem simpática e uma filha tão linda quanto o pai (palavras do John). Foi muito divertido o bate-papo com eles. Voltamos para a pousada, mas antes desfrutamos de um belíssimo pôr do sol no alto das dunas. E assim terminamos o nosso dia, apaixonados por Tutóia. Muitas outras aventuras virão. Aguardem!!!
Sabádo 07/09
Mantendo os costumes, acordamos cedo para o café da manhã, onde conversamos bastante com os funcionários da cozinha, até porque éramos os únicos presentes na hora em que estávamos tomando nosso café. Após o café, John retornou para o quarto, onde cochilou até às 14h, enquanto eu fiquei enviando arquivos para a Ilha Brasil, mas logo peguei no sono e acabei cochilando na cadeira de rodas mesmo. Nosso anfitrião avisou que iríamos para a revoada às 16h, e a ansiedade já tomou conta de nossos corações.
Às 16h em ponto, saímos em direção ao porto de Tutóia. A Pousada Baluarte e Ecoturismo já havia reservado uma lancha e um guia (um rapaz que ainda está em formação, mas já é muito experiente quando o assunto é a sua cidade). Então, começamos o nosso passeio na lancha, que foi muito tranquilo. O piloto estava sempre preocupado com nosso conforto, e escolhemos bons lugares para passar. Porém, em trechos de mar aberto, o balanço das ondas começou a incomodar.
John, incomodado com o balanço, pediu ao piloto para acelerar e evitar o movimento das ondas. O piloto o alertou sobre um possível banho, mas John, ignorando o aviso, disse que estava tudo bem. Não deu outra… Logo estávamos encharcados, mas nada que atrapalhasse o passeio. Diversão pura!
De repente, tudo aconteceu! Sthéfanie chorou feito criança, de tão emocionada que ficou. A revoada dos guarás, junto com o pôr do sol, é uma imagem que jamais sairá das nossas cabeças. Muito lindo e emocionante!
Na volta, passamos pelos mangues, uma beleza assustadora (com Sthéfanie, como sempre, com medo de cobras). Chegando ao porto, compramos uma lembrancinha para nossos amigos e fomos para a pousada descansar, pois amanhã pegaremos estrada para o Piauí.
Até a próxima,
Equipe Rodinhas pelo Mundo