Quarta 16/04
Depois de uma noite estacionados na Havan de Criciúma, era hora de pegar estrada! O destino? Um sonho antigo do John: a Serra do Rio do Rastro. Bora ver se dessa vez eu consigo ver os famosos quatis, né?
Pegamos a estrada animados. Vira daqui, vira dali (muitas curvas mesmo, viu?), mas ainda nem tínhamos chegado na serra kkkk. No caminho, encontramos um lugar lindo pra parar, tirar fotos, comer alguma coisinha e apreciar a paisagem. Tinha voo de asa delta, balanço e outras atrações radicais por lá – mas o valor era um pouquinho salgado, então ficamos só assistindo mesmo (e rindo bastante, claro!).
Fotos feitas, energia recarregada, voltamos pra estrada. Agora sim, mais algumas curvas (muitas mesmo!) e finalmente chegamos na Serra do Rio do Rastro. A estrada em si já é um espetáculo, mas o melhor ainda estava por vir…
Lá na frente, o John avistou uns carros parados e – meu Deus – os quatis estavam lá! Chorei de emoção. Que criaturinhas mais lindas! E não era um ou dois, não… era uma galera mesmo! Tiramos várias fotos e ficamos ali um tempinho curtindo aquele momento mágico.
Hora de continuar. A subida já foi intensa, mas a descida exige ainda mais atenção. Mais curvas, mais enjoos (quem me conhece sabe!), mas conseguimos completar a travessia da serra. Missão cumprida!
Sem destino certo, decidimos ir para Brusque, ver se conseguimos conversar com ninguém menos que o véio da Havan, Luciano Hang. Chegando na cidade, fomos direto pra sede da Havan. Infelizmente, não dava pra pernoitar lá, mas a esperança era conseguir pelo menos falar com ele.
Enquanto aguardávamos na recepção, quem aparece? Dedé Santana! Sim, ele mesmo, ícone do humor brasileiro, famoso por sua trajetória no grupo Os Trapalhões. Claro que eu tirei uma foto com ele – o John ficou tímido e não quis kkk.
E a boa notícia veio: conseguimos um encontro com o Luciano Hang! Coração a mil! Durante a espera, um segurança super gente boa nos levou pra conhecer a sede da Havan, explicou como tudo funciona… até que o grande momento chegou. E que ser humano incrível! Educado, gentil, ouviu com atenção nosso projeto Rodinhas Pelo Mundo, gravou stories, nos presenteou e nos fez sentir acolhidos de verdade.
Depois de tudo isso, fomos atrás de um lugar com tomada, porque tínhamos uma live com a Bruna, especialista em cidadania espanhola (@ssantana .bruna – já segue lá!). Encontramos o local, fizemos a live e depois fomos atrás de um cantinho pra dormir. Achamos, nos acomodamos e encerramos o dia com o coração cheio de gratidão.
Hoje foi simplesmente perfeito. Deus é bom o tempo todo e cuida de cada detalhe.
E olha… que tal marcarmos a @havanoficial e o próprio @lucianohang no Instagram? Vai que rola um patrocínio pra apoiar nosso projeto e mostrar ainda mais do mundo com acessibilidade?
Quinta 17/04
Hoje o dia começou com aquele pique! Acordamos e eu resolvi gravar um vídeo mostrando os presentes que ganhamos do véio da Havan — pensa numas lembranças bacanas, foi aquele momento de gratidão mesmo. Depois, partimos para a estrada rumo à Havan de Barra Velha, animados com a ideia de descansar por lá.
Mas chegando lá, percebemos que a estrutura não era a ideal pra gente: não tinha cobertura pra dormir nem acesso a banho. Foi aí que decidimos seguir viagem até Penha, onde fica o famoso Beto Carrero World.
E mal chegamos na cidade, já fomos recebidos com placas indicando o caminho para o parque. Pra quem não conhece, o Beto Carrero é o maior parque temático da América Latina, cheio de atrações pra todas as idades — de montanhas-russas radicais a shows temáticos incríveis. É um lugar que mistura fantasia, adrenalina e muita diversão. E claro… já estamos mexendo os pauzinhos na esperança de conseguir uma parceria com o parque. Será que vem aí?
Na sequência, começamos a busca por um ponto de apoio. Descobrimos que aqui em Penha não é permitido pernoitar com motorhome nas ruas, e os campings estavam com preços bem salgados… Mas como sempre, o universo dá um jeitinho: encontramos o Camping e Cabana do Tonho, que topou fechar uma parceria com a gente! O lugar é uma delícia, super tranquilo, e fica coladinho com o Beto Carrero. De quebra, toda noite às 19h30 tem queima de fogos direto do parque — dá pra assistir como se fosse um espetáculo só nosso.
Agora vamos nos ajeitar e nos preparar para dormir… amanhã tem mais aventuras!
Sexta 18/04
Depois de uma noite bem dormida, o clima no camping começou a mudar com a chegada de novos hóspedes, vindos para aproveitar o feriado. Nós ficamos por aqui mesmo, ajudando na divulgação do local e aproveitando também para descansar.
À noite, fui até a padaria que fica em frente ao camping. Assim que cheguei, dei de cara com um degrau na entrada. A dona, ao me ver, perguntou se eu queria ajuda para entrar. Respondi que o que eu realmente queria era uma rampa — o que precisamos é de acessibilidade, não de favores. Ela me atendeu na rua mesmo. No momento de ir embora, me perguntou se eu era da cidade. Disse que não, e então ouvi uma das falas mais absurdas que já escutei: “Aqui em Penha, em Santa Catarina, não existe cadeirante”.
Fiquei chocada. A fala dela, além de completamente equivocada, revela uma total falta de empatia. A verdade é que existem sim cadeirantes, mas muitos deixam de circular justamente porque os lugares não são acessíveis. E o pior é perceber que, para ela, é mais fácil manter o degrau do que pensar no próximo e promover alguma mudança.
Voltei para o camping com o coração apertado e indignada com aquela conversa. Ainda bem que, ao chegar, encontrei acolhimento. Jantamos e ficamos conversando, primeiro com a dona do camping e depois com os novos viajantes que chegaram. Esses momentos de conexão aqueceram um pouco o coração e trouxeram leveza para encerrar o dia.
Sábado 19/04
Hoje o camping amanheceu cheio, com energia boa e rostos novos chegando. A movimentação trouxe novas amizades e boas conversas, que já estão rendendo histórias para guardar. Estamos na expectativa do retorno ao Beto Carrero, mas parece que só depois do feriado mesmo… Pelo menos nos deram esperanças, né?
Enquanto isso, vamos ficando por aqui. Com a chuva começando a cair hoje, não tem muito o que fazer além de curtir a calmaria do momento. John, do nada, resolveu investigar por que meu queixo tá vermelho – e, claro, virou motivo de boas risadas. Kkkkk.
A vibe tá tranquila, meio preguiçosa, mas gostosa. E, no fim das contas, talvez seja disso que a gente estava precisando: um dia de pausa, pessoas novas ao redor e o barulhinho da chuva pra embalar a espera.
Domingo 20/04
Hoje foi um daqueles dias que aquecem o coração. Domingo de Páscoa, uma data tão simbólica que carrega consigo o renascimento, a esperança e o amor compartilhado. Em meio à simplicidade da vida na estrada, esses momentos ganham ainda mais significado.
A Páscoa nos lembra que, mesmo depois dos dias difíceis, sempre vem um novo amanhecer. E hoje, esse amanhecer veio recheado de carinho. A querida Raquel, dona do camping onde estamos, nos surpreendeu com um presente cheio de afeto: roupas novas para mim e um ovo de Páscoa delicioso. Um gesto tão simples, mas que carrega um peso enorme de generosidade.
É nessas horas que a gente lembra do verdadeiro espírito da Páscoa: a partilha, a empatia, a conexão entre as pessoas. Só temos a agradecer por esse dia, por cada detalhe, por cada pessoa que cruza nosso caminho com amor.
Gratidão, Raquel. Gratidão, vida.
Segunda 21/04
Hoje o dia amanheceu diferente, com aquele clima nublado e um friozinho que dá vontade de ficar abraçado o tempo todo. Aqui de onde estamos, de vez em quando passa o helicóptero da Helisul cortando o céu — e é impossível não lembrar com carinho do convite que recebemos deles para sobrevoar as Cataratas do Iguaçu, uma experiência que ficou marcada no coração.
É nessas horas que a gente lembra do verdadeiro espírito da Páscoa: a partilha, a empatia, a conexão entre as pessoas. Só temos a agradecer por esse dia, por cada detalhe, por cada pessoa que cruza nosso caminho com amor.
Até a próxima,
Equipe Rodinhas pelo Mundo